Neste romance autoficcional, Marcelo Labes narra os anos de formação de um garoto num colégio interno no Sul do Brasil. Um livro tocante sobre as agruras da adolescência, as experiências e as pessoas que mudam nossa vida - e o acerto de contas que, em algum momento, precisamos fazer com o passado.Rafael vem de uma família simples de Santa Catarina e encontra na possibilidade de se tornar pastor luterano a saída para todos os seus problemas. Admitido como bolsista na Escola Evangélica, um colégio interno no Rio Grande do Sul, ele logo descobre que seus planos fracassaram: o curso pré-teológico havia sido encerrado, e resta a ele cursar o magistério. No entanto, esse desvio de caminho acaba se mostrando o início da grande experiência transformadora de sua vida.Em primeira pessoa, acompanhamos os dias e as noites na escola (e as escapadas para fora dela) e tudo o que esse período representa para um adolescente em plena formação: as amizades, as paixões, as bebedeiras e as descobertas além da sala de aula. Em meio aos anos escolares, conhecemos também um Rafael já adulto e solitário, cujas lembranças parecem levá-lo sempre ao mesmo lugar.Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, Marcelo Labes constrói em Memória do chão uma história universal sobre amadurecimento e autodescoberta, e investiga até onde conseguimos fazer as pazes com aquilo que nos torna quem somos."É um mergulho, mas também um voo livre. É o chão que embasa a história, e uma cabeça que não se contenta, nunca. Este livro é Marcelo Labes fazendo o que ele faz de melhor: as palavras no lugar certo, as entranhas em sobressalto. O que se aprende em um lugar como Evangélica e aqui, nestas páginas, é que sobreviver custa caro, mas pode ser muito bonito." - Marcela Dantés"Conheço há muito tempo a sensibilidade ficcional de Marcelo Labes e o seu grande domínio da técnica de contar histórias. Mal entrava ele na idade adulta e já se formavam rodinhas a ouvi-lo nas tertúlias noturnas da nossa Blumenau. A originalidade das suas tramas e urdiduras, às vezes agridoces, às vezes angustiantes, às vezes hilárias, já apontavam o horizonte do ficcionista de envergadura que se tornaria. Este Memória do chão confirma tudo isso." - Godofredo de Oliveira Neto