Os sertões, de Euclides da Cunha, continua sendo uma obra fundamental para se compreender as contradições que formaram o Brasil contemporâneo.Apesar do seu forte caráter nacional, Os sertões se apresenta também como uma narrativa universal, tendo em vista as outras obras que compõem o corpus do presente ensaio. Uma delas, A Guerra do Fim Mundo, é de autoria do peruano Mário Vargas Llosa, e a outra, Veredicto em Canudos, do húngaro Sándor Márai. A tragédia de Canudos, portanto, dialoga com o contexto de outros povos, inseridos em lugares onde a tensão entre a ordem do capital e suas antíteses se encontra proeminente. Neste livro, o leitor tem a oportunidade de fazer as conexões com a Literatura Universal e com o sistema econômico que rege o mundo