O livro que aqui apresentamos busca discutir a partir de diversas perspectivas (ética, sociológica, histórica, cultural) os argumentos, conceitos, teorias, dificul-dades e certezas a partir das quais foram construídos os saberes utilizados pelos defensores da detecção precoce de patologias psiquiátricas na infância, particu-larmente aquelas consideradas de maior prevalência no Brasil, como o TDAH. Analisamos também os diferentes mecanismos e estratégias de prevenção e iden-tificação de supostos transtornos de comportamento e da aprendizagem em cri-anças principalmente em idade escolar. Trata-se, em fim, de criar um espaço de interação e troca com pesquisadores brasileiros e estrangeiros interessados em discutir os limites e dificuldades do processo de medicalização da infância.