Neste volume, Lave e Wenger se debruçam sobre esta empreitada importante e radical que é repensar e reformular a nossa concepção do que é a aprendizagem. Ao enfatizarem a pessoa como um todo e enxergarem os agentes, as atividades e o mundo como mutuamente constitutivos, eles nos dão a oportunidade de escapar da tirania de presumir que a aprendizagem seja a recepção de conhecimentos ou informações factuais. Os autores defendem que a maioria das descrições da aprendizagem ignora seu caráter quintessencialmente social. Para dar esse passo crucial, que evita descrever a pessoa apenas pelo viés epistemológico, eles propõem a aprendizagem como um processo de participação em comunidades de prática; uma participação que é, a princípio, legitimamente periférica, mas que se desenvolve num ritmo gradual em seu engajamento e complexidade.