Jakob Wassermann, grande representante do romance psicológico, desenvolve esse tema a ponto de lhe conferir a grandiosidade de uma tragédia grega. Com seu gênio inventivo e uma incomparável capacidade descritiva - que lhe granjearam a alcunha de "Dostoiévski do século xx" -, Wassermann tece em O processo Maurizius uma profunda reflexão sobre a justiça, o livre-arbítrio e a incessante busca pela verdade, conduzindo magistralmente o leitor através da história de Etzel Andergast, um rapaz de dezesseis anos, filho do procurador-geral, que descobre as atas de um processo polêmico e central para a carreira do pai, sem saber que isso mudaria para sempre a sua própria vida.